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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Andar.

Andar e descobrir os caminhos.

No fim da tarde a música do século XIX é prioridade total. Enquanto ando releio o questionário com respostas, nas ruas quase escuras. Entre uma coisa e outra, velhas canções se repetem.

Responder perguntas após ter lido respostas é menos difícil do que se parece (se é que parece).

Andar e encontrar os destinos.

Caminhamos em estradas paralelas. Os passos parecem ensaiados. E sua camiseta colorida, talvez não seja o suficiente pra afastar, ou controlar o frio que vem fazendo, mas dá novas cores a noite, o que já está de bom tamanho.

Músicas que falam de amores-complexos tocam enquanto espero num velho banco e assisto o mecanismo da vida comum. Leituras filosóficas servem de companhia quando a solidão se dá em lugares não-vazios.

Andar e enxergar as luzes.

Nas grandes metrópoles existe toda aquela pressa já conhecida, mas também existe luz. Existem vidas diferentes, formas diferentes. E os sonhos passeiam do barulho das estações de trem a calma do anti-penúltimo banco do ônibus.

Na Rua do Lavradio ela canta, dança e sorri. Existe uma pequena multidão aglomerada embaixo da sacada onde o show se realiza. Existe um telão que mostra novos ângulos da mesma apresentação. Existe, principalmente, muito sentido nas palavras cantadas ali.

Quinta-feira de música. Em todos os sentidos. Todos!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os Olhos Não Envelhecem.

http://osolhosnaoenvelhecem.blogspot.com/
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Vai lá!

"Viver é melhor que sonhar"

Cores de dias diferentes. Tristezas de dias quase-iguais. Sorrisos claros nas manhãs sem sol.

Planos e mais planos. Sugestões, indagações, e lembranças cotidianas.

Os dias se transformam. O mundo molda-se aos nossos pontos de vista. E por mais que existam problemas, uns pequenos, outros complexos demais para serem digeridos em algumas noites de pouco sono, existem soluções também. E as soluções estão exatamente na forma de enxergar, de observar, de aceitar, ou mudar tudo de vez.

Pequenas ou grandes, revoluções são sempre revoluções. Ou seja, toda forma de mudança, realmente faz com que o que está ao redor mude. Nem sempre pra melhor, é verdade. Mas o esforço faz das lutas grandes realizações.

Um monte de coisa difícil pela frente. Em diferentes aspectos, em diferentes esferas.

Viver é transformar pequenos momentos em grandes recordações.

E escrever pode ser a solução pra um monte de outras coisas. Melhor ainda é ver à proporção que as palavras vão tomando (mesmo sendo assustador de vez em quando), um escreve uma coisa aqui e consegue apontar novas perspectivas lá longe. E o inverso também acontece, é claro. Talvez com uma freqüência até maior.

Eu realmente encontro sentido em textos que surgem de forma despretensiosa na mudança de estação.

Que a nova estação traga novos rumos. Que escrever possa significar escrever mesmo. E que a paciência possa construir cada vez mais.

Sem gritar muito, mas com alguns planos. E mais que isso, com uma tonelada de esperança pra encarar o que vier pela frente.

Assim seja.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Dentro do vazio.

Parece que sempre vai existir esse desequilíbrio pra tirar as cores dos sonhos. Que sempre vai faltar alguma coisa eu sei. Normal. Mas quando só existe o que é belo de longe, fica difícil esperar algum futuro.

Hoje assisto sua vida em fotografias, em focos diferentes.

A beleza está ali, nos olhos pequenos, nos sorrisos, no colorido do vestido. Mas falta tanta coisa que o que sobra deixa de ser o suficiente.

A ausência não é a única coisa negativa. Pior que a ausência é a quase-certeza de que só existe sentido nos sonhos, nos planos anotados nos papéis que se espalham pela casa.

E quando a solução mais provável torna-se o problema mais provável, existe caminho alternativo?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre Ciclos e Mudanças II

Acho que a idéia sempre foi essa. Escrever coisas bonitas. Ou pelo menos tentar trilhar esse caminho de textos e canções que possam fazer bem a alguém. Mas o caminho entre a beleza e a tristeza é muito vago. São duas linhas que mesmo sem querer acabam se encontrando. Mas depois de um tempo, se não houver cuidado, a tristeza prevalece, aí todos os planos vão por água a baixo.

Então, vamos lá, recomeçar com novas-cores-definitivas. Definitivas até o dia que fizerem sentido pra mim. É preciso. É necessário. É feliz.

Viver é isso aí. Cada dia de um jeito. Cada dia tentando buscar e renovar as forças para novas construções. Ou para assistir a vida da janela do ônibus, da página amarelada dos livros, ou dos filmes que começam às duas da manhã e não tem hora pra acabar.

Samba da benção.

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

(...)

E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não

(...).


Vinicius de Moraes - Baden Powell

domingo, 14 de setembro de 2008

Meus dias

Eu passo.
E olho.
E penso.


E falo.

O que não falo escrevo.

Meus dias são assim.

Enquanto (Ou você escolhe o título).

Vai e volta, e vai, e volta, e vai. E eu espero que volte.
Era você ontem. E hoje. Aquela proximidade distante. À vontade. O sonho tão antigo que nem parece mais sonho. Parece livro. Ou filme que passou.
Era você. Outros anos. Dois anos. Ou ontem. Você escolhe o título. Eu escolho a data. Ou você escolhe tudo. Desde que no ‘seu tudo’ exista algum espaço para visões simplistas.

E tudo que eu disse – e pensei em dizer – existe mesmo. Verdades são assim. São ditas de forma lenta, calma, com voz baixa.
Abraços são assim. Lentos.
Sorrisos são assim.

E a beleza é assim. Sem exageros. Sem formas pré-moldadas. A beleza é... Bela. Só.

Mas quem é o que? Quem pensa no que pensar?

Eu resisto aos antigos hábitos que distanciam as realizações dos sonhos.
E até entendo o conceito de loucura argumentado por alguns. Mas não sei quem são os loucos da história. Eu não sei um monte de coisa. Mas o que sei tento dividir com palavras de carinho. Mas palavras que com certeza já deves ouvir diariamente. O que faz com que cada nova frase de loucura sincera, seja vista como apenas-mais-uma-frase-de-algo-que-não-existe.

O que está longe de ser verdade. Pois existe sim. Não sei de fato o que pode ser. Mas é.

Talvez em algum mundo mais sincero o ser seja o bastante. Talvez em alguma quase-noite eu me encontre. E lhe encontre. E talvez você seja mesmo maior do que dizem. Talvez eu precise acreditar mais no que digo pra mim mesmo.

Sempre o talvez. Talvez um dia existam certezas. Se é que isso é bom. Não sei mesmo.

Mas, assim, a felicidade é simples. Tão simples, que assusta. E por ser simples demais demora tanto. Que dói. E pensar, que tudo que falta pro mundo estar completo, pra tantos é tão pouco. Tão pouco que uns jogam fora por pura falta de raciocínio.

Louco, quem?

Loucura é achar que tudo está perdido. Não está. Não estará.

Vai ver os defeitos são as interseções que habitam os dois mundos. O espelho de vez em quando mostra que dois lados são dois lados. E existem erros e pensamentos pequenos aqui e lá.

Louco, quem?

Eu juro.

sábado, 13 de setembro de 2008

[ ]

É o tal do ‘agir pelo não agir’ do grande Lao Zi.

Quem sabe assim vai?!
--
Já vou, será
eu quero ver
o mundo eu sei
não é esse lá

por onde andar
eu começo por onde a estrada vai
e nao culpo a cidade, o pai

vou lá, andar
e o que eu vou ver
eu sei lá

não faz disso esse drama essa dor
é que a sorte é preciso tirar pra ter
perigo é eu me esconder em você
e quando eu vou voltar, quem vai saber

se alguem numa curva me convidar
eu vou lá
que andar é reconhecer
olhar

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu nem sei quem sou

Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ensaio teórico sobre a distância (Parte I).

Duas coisas podem ser boas sendo diferentes, sendo distantes uma da outra. E por mais que não se completem, que não se sustentem, pode sim existir beleza em ambos os lados. Nem tudo precisa estar junto pra funcionar direito. O crescimento pode independer de uniões, de afeições.

Quando digo que ‘talvez a beleza esteja mesmo na ausência’, pode parecer distante demais da realidade. Mas, não. Faz todo sentido do mundo.

Por que quando há ausência, há criação. E criamos o que queremos. Da forma que queremos. Apenas isso (tudo).

Logo, moldo desejos e ações, da forma que melhor me convém. Escolho as cores, os gestos, os sorrisos, o silêncio. Tudo do meu jeito. Assim há felicidade.

Não aquela felicidade do mundo ideal. Mas aquela felicidade encontrada nas coisas-mais-simples-do mundo. Como ouvir canções de (des)amor sentado num banco quase vazio no início de uma noite nublada.

"Não quero com isso dizer que o amor não é bom sentimento".

Mas não se trata exatamente do amor, ou de um outro sentimento qualquer. É que às vezes a realidade é maior que isso, ou mais ampla, se é que isso é possível.

Na distância, talvez possamos encontrar o sentido que se perde, que se confunde, que se evapora na presença.

Há muitas coisas onde não vemos nada. Onde não enxergam, há luz.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nome.

E num dos tantos novos livros, um capítulo começa com seu nome. E assim como na vida, eu não faço a menor idéia do que vai acontecer. De como será a próxima página. O livro não foi lido. Não lembro se quer o título. Mas está lá. Está tudo lá. E quem sabe, a história possa ser até mesmo feliz.

Vá saber!

Controle Remoto.

Eu queria te falar de paz e amor
De filosofia
De cinema, de pintura, de música
E de poesia
Eu queria te abraçar e te proteger
De todo o mal


(Frejat e Paulo Ricardo).

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Terça.

As andanças continuam. E as novas-coisas-belas seguem aparecendo e reaparecendo em diferentes formas.

São andares de lindas cores. E a cada nova galeria, as certezas se encontram. A beleza está mesmo nisso. É claro que poderia ser melhor, que poderia ser perfeito, e tal. Mas enquanto não é, o quase-perfeito serve, e muito bem, pra organização de idéias, e pra todo o resto.

A sala com negativos de clássicos do cinema encanta por si só. E mais ainda com a canção que toca no pequeno aparelho de som, no vão entre o chão e a parede, no lado direito da sala.

E no trajeto entre uma coisa e outra, uma feira de livros divide o espaço da calçada com pequenas barracas que vendem qualquer coisa.

Surgem novas galerias, que trazem novos conceitos, sobre o “velho trabalho da escrita”. Nas paredes, rabiscos de idéias, trechos de livros, e frases soltas que buscam qualquer coisa. Qualquer coisa complexa demais pra ser entendida assim, de uma hora pra outra. O que dê certo modo é bom, pois fará com que os menos conformados procurem o sentido, que talvez nem exista, mas existirá com a busca.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

[ ]

Pens(ando)!