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terça-feira, 31 de agosto de 2010

ensaio

ensaios de textos, de vida mais ou menos nova, de trechos, recortes do que foi-ou-poderia-ter-sido, do que não falta pra ser melhor, ou do que está exatamente no meio. um passo pra frente e vira cena final de novela, um passo pra trás e volta a ser canção triste, que dói pra caralho mas você não consegue deixar de escutar.

16/08.

domingo, 15 de agosto de 2010

ela / ele

no fim de tarde o frio aperta, o casaco protege, o abraço esquenta, eles falam sobre conversas antigas, sonhos e trechos de músicas. ela tira fotos. a praia praticamente vazia ajuda. depois da conversa, o silêncio, o abraço que dura até a hora de um ou outro beijo, que depois volta a ser abraço. as iniciais na areia e o coração desenhado que se transforma facilmente no que são.

ele, textos. ela, fotografias.

sábado, 7 de agosto de 2010

trinta dias depois, a vida passa como se fosse um filme daqueles que eu sempre sonhei em assistir, a diferença é que acabo sendo um dos personagens principais, o que faz par romântico com a menina mais bonita da turma, da faculdade, ou até mesmo da cidade. ela está aqui ao lado, nas frases que escreveu atrás da foto que me deu de presente, no que resta do perfume na minha camisa, no meu pensamento, na mensagem no celular que faz com que eu interrompa esse texto, enfim, ela está em tudo, pra me fazer melhor, mais forte, mais feliz.

mochila arrumada, umas camisas, uma calça, dois casacos, um livro e um bloquinho de papel. amanhã, pequena viagem com meu amor, mais um passo importante pra construção que chamamos de relacionamento.

parece filme, ou parágrafo do livro preferido que a gente grifa pra não esquecer, mas é só a vida acontecendo, simples, a dois.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

22/06

“Do frio desculpa se fez pra ele estender seu casaco nos ombros dela. O inverno então se desfez, quando ela em troca lhe deu com o olhar um abraço.”

domingo, 1 de agosto de 2010

as cores dos dias

a vida agora existe em cores, seja na sapatilha colorida dela, ou nos sorrisos de quem vive o sonho de andar de mãos-dadas na avenida chile pós-teatro de pequenas histórias escritas pelo Dalton Trevisan.

no ônibus meio cheio, no banco da praça no começo da noite de um sábado, no sofá da sala, enquanto o filme passa na tv, mas eu troco por seus (a)braços, ou num show de música alternativa na Fnac, ela é o sentido, a transformação, a revolução que se dá de forma natural, devagar, bem aos poucos, como tem que ser, pra não perder a beleza.

agora são muitas datas e motivos para comemorar, deixar registrado, em pequenos textos que ela diz que gosta, ou na minha memória afetiva, que só tem espaço para as boas lembranças, que não são poucas.

a alegria é grande demais pra ser escrita aqui, mas está registrada em um monte de novas fotografias.

hoje sim, eu vivo os dias que gostaria de viver.

sobre o silêncio (da felicidade)

esse pequeno texto do Giancarlo Rufatto, do ótimo Por favor uma vida nova e cinco pãezinhos, explica bem a ausência de textos por aqui.

Melodramas a parte, meu blog está quase morto. (…) Está quase morto porque o que o alimentava era a “Silvia Plath síndrome” – aquela que só fez coisas relevantes enquanto era desprezada ao mesmo tempo. O que movimenta a literatura dos torturados é a falta: a falta de amor, a falta de dinheiro, a falta de companhia, a falta de uma bebida, a falta. A falta desmascara qualquer frequencia de talento e o que fica é apenas o homem médio, temente a Deus e as prestações. Boa parte do que eu escrevo é meio novela das sete, é frustração de elenco de segunda, é classe média que sonha em ganhar na loteria e descansar em um lugar que foi moda nos anos 80. É o amor, é o trabalho, são planos a médio prazo… (*)