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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Interrupção.

ele sente medo de não ser o que pensa, de não ter força suficiente para andar todos os passos necessários, e o tempo passa de forma veloz, dias e mais dias, de histórias mal contadas (ou pouco contadas), lembranças, pequenas viagens, fotografias da janela, dos caminhos, das alturas.

madrugadas de som alto longe de casa, ausências na multidão, andanças e mais andanças, e um estranho silêncio que não tem nenhuma explicação lógica.

vivendo bem e mais, apesar das pedras no caminho.

sem pausa. a partir de agora.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sobre não ter o que dizer II.

Dois anos de resumos-de-pequenas-histórias, planos, sonhos, contos curtos, como os bons momentos. Corte rápido. Visão quase cinematográfica das ações do cotidiano, das meninas que passam de vestido colorido pelas ruas movimentadas do centro ou nos corredores da faculdade.

Sequência de dias, de letras, de poesias não feitas, ou inacabadas, de paisagens simples das janelas dos ônibus.

O que começou lá em 2007 num domingo, enquanto ideia, e numa terça na prática, vem guardando pedaços do que vivi e tive coragem (e/ou capacidade) de transformar em palavras, que alcançaram sentido em lugares antes inimagináveis.

O processo é sempre difícil, cansativo, e, por vezes, doloroso, mas não vejo possibilidade de isso aqui acabar tão cedo. Por mais que eu já não me encontre em alguns textos antigos, seja pela forma ou pelo conteúdo, tenho a consciência de que essa visão é parte necessária da renovação natural.

Sem muitas promessas, mas o que posso garantir é o constante esforço para que os textos sejam cada vez mais presentes.

- Agradeço todos que passaram por aqui.

Obrigado!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sobre piadas, óculos e carinhos.

dois. num ponto isolado. onde a música que toca, ou não, não faz sentido, ou diferença.

ela fala devagar, enquanto bebe alguma coisa que diz não-conter-álcool, e tudo faz lembrar um passado remoto, que ela diz fugir, mas não quer esquecer, onde eu posso ser o motivo das lembranças, devido ao perfume, ou a barba por fazer, mas praticamente não há tempo para voltas ou receios. ocupo as pausas, que ela usa pra sorrir, ou continuar bebendo, e divago sobre os meses que passaram por nós, com piadas sobre dois, sempre dispostos a falar sobre as faltas, que deixam de doer, ou quase, quando os corpos estão mais próximos e a vontade não tem censura já que os limites não precisam estar escritos, pois cada um sabe até onde pode ir.

falo bobagens, que ela ouve com esforço, culpa dos excessos de noites que viram dias, e acabam com a voz. mas ela entende o que eu digo. e atende até mesmo os pedidos não ditos em palavras.

e do mesmo óculos colorido enxergamos como os dias podem ser daqui pra frente.

ninguém precisa perceber. e eu não preciso mais entender o que é, pra saber que é isso que quero. e pronto.