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sábado, 28 de junho de 2008

[II] ou coisas boas que acontecem nas noites frias de junho

Frio. Muito frio! Mas as noites são felizes quando conseguimos dividir sonhos, tristezas, alegrias e sorrisos. A felicidade não está na quantidade. Nunca. E isso é fato. Muito acaba tornando-se pouco. Ou vazio demais. É bom ter onde se encontrar. Onde se dividir. É bom saber que mesmo triste existem motivos para uma felicidade repentina. É bom. E sabe por quê? Porque existem pessoas que transformam qualquer simples momento, qualquer 30 minutos de conversa, em noites felizes. Em dias de esperança renovada. De alegria mesmo. E são poucas pessoas que têm essa capacidade. Por isso essas pessoas são especiais. Porque o pouco é especial. O que é muito sobra. E mesmo sobrando falta. Pouco é bom. Tudo é bom quando sabemos que estamos cercados pelas pessoas certas. E nesse caso o 'certo' ta muito claro. É isso mesmo. Não falta. Não sobra. Está tudo ali. Todas as idéias. Todos os sonhos. Tudo. Nas esquinas frias, com pouca luz, encontro todo o sentido que se perdeu em dias de ilusões. E isso só acontece porque as pessoas certas estão nos lugares certos. Independente do frio, do sono e de todo cansaço dos dias iguais, as noites são cada vez mais bonitas. Mais felizes...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

[I]

As tardes são bonitas quando o sol resolve aparecer. E dependendo do ângulo observado, tudo pode ser mais agradável. Quase nada, é mais que nada. E por quase nada tudo parece ser melhor. Pelo menos hoje. Pelo menos por enquanto. No silêncio de mais um dia comum, penso no que você deve estar fazendo. Mas não sei que diferença isso faz. Se é que faz alguma. Só sei que as ruas são bonitas nos dias quentes do inverno.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

dois pontos

’Eu posso ser o que quiser.
Mas nem sempre sou o que quero.’

'eunãosei'

Eu não sei.
E talvez não saiba porque você não diz.
E se você não diz, fica difícil saber.

Eu não sei se quero saber.
Talvez ‘organizar as idéias’ signifique ‘esquecer tudo isso’.
Ou então, ver que tudo que passou, não passou.
Ou não mudou.

Vai ver nada importa mesmo.

Talvez o vazio seja mais que só vazio.
E toda essa angústia não sirva pra nada.



[ou então não é nada disso e tudo continua igual]

eunãosei.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

[Intervalo II ou Recomendações]

- Leiam o 30 de Outubro que está com uma sequência de textos lindos. Destaque para 'Resumo dos Dias - Outdoor' que diz de forma clara e suave tudo que venho pensando nos últimos dias, mas não consigo passar pro papél.

- Marcos de mim , um blog excelente, com um conceito bem diferenciado. Vale a visita, vale a leitura e vale o acompanhamento.

- Gemini, um ponto de vista feminino das relações cotidianas. Sim, ela escreve muito bem.

- E pra fechar, o blog da Dani, Entre cartas e canções. Mesmo ela achando que não, o blog é ótimo. 'Só é pouco atualizado'. Mas quem sou eu pra falar em atualização.

[rs]

Quem já conhece um, visite o outro.
Quem não conhece nenhum, visite todos.

E assim seguimos.

[Intervalo]

Tudo é muito pesado. E até as pequenas-coisas-boas doem enquanto passam. Escrever parece ser cada vez mais difícil. Mas com um pouquinho de reflexão tudo acaba se encontrando.

É difícil encontrar as palavras certas. É difícil tentar expor conceitos. Conceitos renovados, reciclados, idéias que se perdem em meio à multidão de pensamentos e ociosidades diárias.

O exercício de criação tem que ser o mais importante. Todo o resto que cerca essa engrenagem tem que ser visto como um ponto auxiliar. Não como o fundamental. Pelo menos na maioria das vezes. Pelo menos enquanto os conceitos se renovam e não sabemos ao certo quais são os melhores rumos. Os melhores passos para um futuro mais agradável.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Amsterdam

Ela passeia pelas ruas frias da cidade sob o céu cinzento de mais um dia comum. Enquanto ouve uma música qualquer, sonha com Amsterdam. Pensa como seria a vida lá. Ele se contenta com qualquer lugar mais calmo, com árvores, com rascunhos de canções, com sonhos pequenos ou grandes, mas com sonhos. Com a união que faz de duas vidas um só todo. Sem essa pressa de ter que provar pra alguém seus anseios, seus objetivos, e tudo que está envolvido nisso. Ela imagina as vitrines, os carros passando, a liberdade de escolha, sem máscaras, sem hipocrisia, sem idéias pré-concebidas. E por mais que essa liberdade lhe pareça suja ou estéril. Ainda assim lhe agrada bastante. Ele torce por dias melhores. Da varanda fria, desenha sem muito talento, as possibilidades. Os pensamentos sem forma misturam-se com a fumaça que sai do copo quase vazio. A luz azul nas ruas escuras agrada ambos. As canções com acordes limpos e altos também. Ele sente o frio aumentar. Mas o frio dos dias nublados e toda essa atmosfera de tristeza-bem-trabalhada, servem para fortificar seus ideais. Independentes de quais sejam eles.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sem título [I]

As idéias são muitas. Em variadas formas, em sentidos opostos, com sorrisos, com alegrias, com tristezas. A criatividade para transformar que parece ser cada vez menor. Transformação. Tudo vem da capacidade de transformação. Não adianta construir novos sonhos a cada nova manhã, se não conseguimos transformar as idéias em algo concreto. Os sonhos são bonitos, são necessários, são importantes. Mas se esquecermos do mundo real, se nos ausentarmos da nossa realidade cotidiana, até mesmo os sonhos tendem a perder seu sentido.

Acho que toda revolução, seja interna, externa, política ou existencialista, tem que começar nos pequenos passos. Nas menores coisas mesmo. O que pra maioria não tem a menor importância. Um caminho diferente numa manhã cinzenta, um jeito diferente de observar os detalhes mais cotidianos, mais comuns.

Cada vez mais as coisas parecem ter menos sentido. Talvez isso ocorra por um único erro. O mesmo erro de sempre. Talvez a beleza esteja mesmo na ausência. A tristeza no fundo acaba trazendo coisas (boas?). Coisas novas. Renovação. Mas não sei se esse é o melhor caminho. Não sei mais qual é o caminho certo. Se é que o 'certo' existe.