Cena I - padaria tradicional de Copacabana - por volta de 20h30min.
enquanto ele pede um café, ritual frequente dos dias alternados que está por ali, ela, companhia agradável mas inesperada, pra dar sentido a vida, ou para gastar a metáfora, pede somente um pão na chapa. do mais simples e básico encontro, formalizam o início de uma bonita relação.
enquanto ele pede um café, ritual frequente dos dias alternados que está por ali, ela, companhia agradável mas inesperada, pra dar sentido a vida, ou para gastar a metáfora, pede somente um pão na chapa. do mais simples e básico encontro, formalizam o início de uma bonita relação.
numa das três ou quatro mesas disponíveis, teorizam sobre o futuro dela: o teatro enquanto escolha de vida, a produção enquanto meio para não se perder no abismo da interpretação, para continuar sendo alguma coisa antes de todas as possíveis coisas, e criar, para além da representação, a própria representação.
no esforço de quem tem certeza de cada escolha, ela assume os riscos, mas já colhe bons frutos. satisfação pessoal e algum reconhecimento exterior para compensar o esforço de dividir o tempo entre o trabalho, duas faculdades - uma em cada cidade - a vida e os sonhos.
para ele, difícil mesmo é dividir a atenção entre o que ela diz e o que ela é. do tênis colorido às escolhas simples e corajosas, essa beleza no simples jeito de ser preenche uma série de vazios: de forma e conteúdo.
3 comentários:
Eu adoro ser seus textos e imaginar o que você relata, sabe?
Linda a cena, como todas as que você escreve.
Ainda esperando você voltar com o blog. Rsrs.
Saudade de uma porção de coisas, inclusive de você.
"Quanto tempo assim?
Tão tarde fui perder o rumo
Dos dias, dos anos
De pessoas iguais a você..."
Volta que eu não sei ficar!
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