clichê
da consagração artística. solidão, álcool e
quarto de hotel. nos intervalos, café. o resto é
ruído. do mar, da cigarra, da guitarra desafinada daquela música subestimada
dos anos noventa que eu insisto em gravar e regravar e não mostrar pra ninguém.
você é parte dos versos que escolhi cantar, sem ter a consciência disso. pesa
teu nome na escolha das palavras, dos versos, na força do que vou dizer a
seguir ou no silêncio que cala a verdade do que sinto, onde expulsar é
coragem, ação mais bonita das ações, transformação da vontade/saudade ou
do-simples-gostar-de-você em pseudo-arte, que, na realidade, é arte mesmo,
enquanto expressão do sentir. e eu sinto uma falta enorme dos dias que não
tivemos. dessa cidade bonita e esquecida que não visitamos juntos. de não ter
trancado nossas vidas naquele domingo confuso de alguns anos atrás, pra não
precisar estar aqui agora, sozinho de novo, em outra cidade, outro hotel,
esquecendo nomes, inventando cenários que não alteram a percepção do que é
visto, e sua voz aqui dentro, nesse exercício insano de loucura ponderada, que
não leva a lugar algum. percepção peculiar, diz o mestre, que deixa o texto
bonito (e uma ou outra conversa) mas sempre termina do mesmo jeito.
o
resto a vida editou por nós. engolindo sonhos e parágrafos, que
prometiam alguma beleza. no mínimo!
1 comentários:
e qdo se publica esse livro, Dan!...no aguardo...n consigo passar por aqui e n dizer qto adoro te ler!...é sempre um prazer!
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