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sábado, 1 de maio de 2010

sobre não morrer agora

estar alheio, sentir não fazer parte do todo, do contexto, das histórias, das cervejas na mesa do bar, mais que sentir, saber, e ter vontade de vomitar, de mandar a merda, de prejudicar pra não ser prejudicado, assumindo ser humano, fraco, desprovido de uma porrada de coisa, mas não igual, ou pior que eles. é matar pra não morrer. ou desistir das pessoas que desistiram do que pode fazer sentido na vida. é a reclusão voluntária, o abrigo nos livros, nas canções nem sempre de amor e na meia dúzia de amigos necessários. é pular do barco antes que ele afunde, pra poder sobreviver, pra esperar o que não sei se existe, se pode, ou vai, existir algum dia. é a luta contra o ódio, contra a loucura, contra-ser-igual-ou-ao-menos-parecido. não tem remédio, meu bem, mas ainda tem um pouco de você que me faz estar aqui. vivendo.

4 comentários:

Renan disse...

acho que não foi a intenção, ou pelo menos não passa isso no texto. mas é um dos, se não o mais "revoltado" texto do sobre não ter o que dizer. mas o final ameniza todo o resto que esta bem legal tbm.

Núbia disse...

Isto é ter coragem!

Bruna Maria disse...

Apesar de tudo, ainda resta algo que nos faz repetir o título de sua postagem. Às vezes é difícil achar o que é esse "algo" e parece mais fácil esperar pela desistência gerenalizada mesmo...

Natalia disse...

oi daniel, obrigada pelo comentário :)
fiquei muito feliz em saber que você curtiu as fotos!
bjos