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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sonhos platônicos II.

(ou o mesmo sorriso).

ela é o princípio do desejo, da vontade, ainda mais forte, a força da expressão, no outro lado, ou simplesmente, ao lado dos sonhos já contados, da garota já descrita, na tela do mesmo cinema, na mesma página ou nos poucos passos que separam o maior-dos-sonhos da realidade incomum, com mais espaços vagos do que deveria.

ele, o rapaz com a camisa de listras, é o que sobra do dia que não termina às 23h59min. o sono visível, exposto nos olhos vermelhos, que por vezes, se fecham involuntariamente, reflexo do cansaço, das longas filas de espera, da falta de ar, dos medos, dos atrasos, do relógio que acelera o tempo na mesma velocidade que ela representa seu papel, na quase interminável madrugada, sob as luzes acesas de Copacabana.

e pensar que até outro dia, nosso mundo (distante, de mão única) se resumia a algumas fotos, também belas, mas sem a possibilidade de tocar... que daqui pra frente os dias sejam coloridos como a blusa que não cobre seus braços. e a vida, tão bela quanto o abraço que ficará guardado em tudo que ainda está por vir.

que o perto possa ser tão constante quanto os meus sonhos (ainda, platônicos).

2 comentários:

Dani disse...

Texto tão lindo!
Só fez aumentar a saudade que eu sinto! De você, de certos meses, de certas conversas no portão.
Sumo, mas não te esqueço.

=*

Anônimo disse...

A virtude de amar. Essencia do mais belo sentimento, porém desvalorizado por muitos.

Mais uma vez você está de parabéns. Consegue descrever seu sentimento em poucas frases.

Beijinhos :*