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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

sonhos platônicos.

(ou listras e cores)

ela, distante, na tela do cinema escuro de 1926, ou bem pertinho, na cadeira ao lado, onde as pernas se encontram, com ou sem intenção, onde é possível tocar, sentir, perceber o perfume ou simplesmente a velocidade da respiração.

no trânsito caótico da avenida Rio branco, a menina de vestido-vermelho-com-flores-claras, conta um pouco da sua vida, entre um e outro intervalo de silêncio, de olhares distraídos pro céu ou pro chão, tanto faz.

as cores do seu vestido se transformam facilmente em poesia concreta ou abstrata. e o seu sorriso acaba com a angústia onde tudo que sobra é uma enorme vontade de abraçar bem forte, de prolongar o tempo, de ter por perto, até o final da rua, ou até quando o amor permitir.

ela é a cena de um filme que não estreou no circuito comercial. ou aquele trecho da música alternativa que merece ser vivido, contado, fotografado. me fazendo querer sem esforço, sem ensaios, sem nada que não seja a vontade de transformar.

ela é a felicidade das minhas madrugadas de sono, de sonhos (platônicos).

4 comentários:

Danielle de Sant'Anna disse...

Lindo, lindo...

A cada dia que passa os seus textos parecem mais com os do Manoel. (:

sophia disse...

"ou aquele trecho da música alternativa que merece ser vivido, contado, fotografado."

Compreendo perfeitamente o que quer dizer...
Belo texto, como não poderia deixar de ser.

Bê Matos disse...

Até quando o amor permitir, então.. :)

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Se você pudesse me ouvir daí, ia me ouvir gritar coisas lindas sobre o seu texto. HAHA
Beijos :*

Núbia disse...

**MARAVILHOSO**