g.
‘Enquanto ele marca os compassos, alternando as pernas, ela, antes escondida em frases curtas, dança, vestida toda de preto, onde a pouca luz não permite que os olhos se encontrem, mas não as mãos. Que quando separadas, passeiam pelas suas pernas, por pouco tempo.
Ela conduz, sem saber aonde quer chegar. Ele não sabe dançar, mas acha divertido o movimento, singular, que faz com que os corpos se encontrem, assim.
O que antes era tão distante, agora, compartilha o mesmo suor, numa noite suja.'
l.
'As luzes confundem o que vejo. No ritmo acelerado do que toca, ela, após dois ou três copos, contrai seu corpo contra o meu. Esperando algum sinal. Que não demora. E a razão deixa-se levar pelas pernas que, compulsivamente, desviam minha atenção. O calor da cena termina num abraço, longo, que parece despedida.'
- entre o que eu faço, e penso em fazer, existe uma ponte de possibilidades distintas. Onde o razoável nem sempre é digno. Por fim, sobra algum caráter e algumas histórias pra contar.
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sexta-feira, 31 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
dez.
I
nos seus passos
dividir o frio
da noite que não se esconde.
II
ela não vai voltar,
pra sorrir, dizendo
baixinho
shhhhh.
canções de outono
eu toco
enquanto te vejo
lá
distante demais
daqui.
{ de mim }.
eu choro. mas ela não vai saber.
(ninguém)
III
deixe de pensar
naquela menina
que mora longe
enquanto sorri de lado
pra moça da frente
vá,
diga qualquer coisa
que o sentido vem assim
como chuva
- no fim da tarde -
ou na madrugada que cai
IV
é que não estar lá
significa distância.
geograficamente falo
do que levo no coração
- e na mão, uns trocados,
que pouco valem,
ah, tempo
(alento)
Onde devo me abrigar?
(ah,tento)
V
da falta,
dos sorrisos
eu me encontro
e quando vejo
é hora de partir.
- não demora e o tempo passa
lotado.
dos planos,
um abrigo
eu me encanto
enquanto vejo
você sorrir
- não demora essa dor passa
num abraço.
[ seu ]
VI
ela ri,
sem saber
que os (meus) olhos
passeiam
no seu corpo;
semquerer.
VII
ela tem medo
de que seja verdade
ele tem os olhos confusos
na cor do cabelo
que não pode tocar.
VIII
ouço a chuva
sem o carinho de antes
essa falta
deve ser “você”
que não vem
IX
do nome difícil
ao gesto simples que enrola
o cabelo
[ longo ]
e essa enorme vontade
de te abraçar.
X
dez.
nos seus passos
dividir o frio
da noite que não se esconde.
II
ela não vai voltar,
pra sorrir, dizendo
baixinho
shhhhh.
canções de outono
eu toco
enquanto te vejo
lá
distante demais
daqui.
{ de mim }.
eu choro. mas ela não vai saber.
(ninguém)
III
deixe de pensar
naquela menina
que mora longe
enquanto sorri de lado
pra moça da frente
vá,
diga qualquer coisa
que o sentido vem assim
como chuva
- no fim da tarde -
ou na madrugada que cai
IV
é que não estar lá
significa distância.
geograficamente falo
do que levo no coração
- e na mão, uns trocados,
que pouco valem,
ah, tempo
(alento)
Onde devo me abrigar?
(ah,tento)
V
da falta,
dos sorrisos
eu me encontro
e quando vejo
é hora de partir.
- não demora e o tempo passa
lotado.
dos planos,
um abrigo
eu me encanto
enquanto vejo
você sorrir
- não demora essa dor passa
num abraço.
[ seu ]
VI
ela ri,
sem saber
que os (meus) olhos
passeiam
no seu corpo;
semquerer.
VII
ela tem medo
de que seja verdade
ele tem os olhos confusos
na cor do cabelo
que não pode tocar.
VIII
ouço a chuva
sem o carinho de antes
essa falta
deve ser “você”
que não vem
IX
do nome difícil
ao gesto simples que enrola
o cabelo
[ longo ]
e essa enorme vontade
de te abraçar.
X
dez.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
vinte.
a vida começa. prossegue. e encanta.
os planos de discursos tolos sempre acabam em palavras por dizer. abraços em silêncio. ausências que nem me lembro.
vou redesenhando o que já estava prestes a perder qualquer traço de beleza.
[ re.ti.cên.cia ]
os planos de discursos tolos sempre acabam em palavras por dizer. abraços em silêncio. ausências que nem me lembro.
vou redesenhando o que já estava prestes a perder qualquer traço de beleza.
[ re.ti.cên.cia ]
segunda-feira, 20 de julho de 2009
[des]acelerando
desacelerar, tirar o pé, parar, contar e respirar. esperar por fazer. pra fazer. criar. andar. largar num lugar bem longe tudo que faz com que o todo não funcione. desistir, por vezes, é mais ato de coragem do que covardia. o difícil é percorrer o caminho - que é o sentido - sem deixar umas lágrimas aqui ou ali. não dá. não sei se dá. nem até onde vai tanta coragem.
da falta do tempo, dos espaços vagos, das idéias que são só-mais-idéias-perdidas, desaproveitadas. das promessas, das mentiras, dos planos que se perdem no calendário, que sem pena, insisti em correr mais do que minhas pernas. das canções, repetições, do inédito, da vida.
é duro. mas vamos lá. em frente.
um pouco mais
devagar,
por necessidade.
depois muda.
e a vida canta.
pra nós!
da falta do tempo, dos espaços vagos, das idéias que são só-mais-idéias-perdidas, desaproveitadas. das promessas, das mentiras, dos planos que se perdem no calendário, que sem pena, insisti em correr mais do que minhas pernas. das canções, repetições, do inédito, da vida.
é duro. mas vamos lá. em frente.
um pouco mais
devagar,
por necessidade.
depois muda.
e a vida canta.
pra nós!