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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Depois das dez.

Penso em fotos, em fatos, em cartas que nunca chegam, em versos perdidos por aí. Penso em não mais pensar. Pelo menos não em você. Penso em não ligar. E não ligo mesmo. Mas se pensasse em ligar, acho que também não ligaria. Então deixa de ser virtude. Mas até que existem virtudes por aqui. Penso em não ir e não vou. Mas ir pra quê? Pra depois tudo ser jogado fora? ‘No lixo não tem mais valor’. E não tem mesmo. Deixa de ter quando fazemos com que deixe de existir. E a cada idéia não expressada, um monte de coisa deixa de existir. Talvez ainda existam resquícios dos sonhos não realizados. Mas não incomoda. E isso basta! E isso basta? Acho que era pra incomodar. Mas não incomoda mais. Status. Não vou porque não faz sentido ir. Esconda-se! Espante-se! Deixe pra lá. Ouça com mais atenção o que dizem por aí. Doce sal. O céu é grande demais.

2 comentários:

a.fê disse...

"Penso em não ligar. E não ligo mesmo. Mas se pensasse em ligar, acho que também não ligaria."

É exatamente assim, sem tirar nem por.
Tanta coisa deixada de lado, tanta coisa que poderia causar uma reviravolta em tudo, mas que são esquecidas, talvez pelo medo da mudança, ou da tentativa ser mal sucedida. Não sei, só sei que entendo perfeitamente o que você quer dizer.

Por que acabou-se o que era doce virou sal
O mundo continua indo e vindo, é natural ♪


Linda música,lindo texto.

MαгЇS Figueiredo - Cheiro Cravo Canela disse...

Menino
saudade de ler tuas escrevinhações... gosto muitíssimo...

Amei isso aqui:

E não tem mesmo. Deixa de ter quando fazemos com que deixe de existir. E a cada idéia não expressada, um monte de coisa deixa de existir. Talvez ainda existam resquícios dos sonhos não realizados. Mas não incomoda. E isso basta! E isso basta? Acho que era pra incomodar. Mas não incomoda mais. Status. Não vou porque não faz sentido ir. Esconda-se! Espante-se! Deixe pra lá. Ouça com mais atenção o que dizem por aí. Doce sal. O céu é grande demais.