na rotina conturbada
de excessos – de trabalho, estímulos, álcool – está tudo aí,
conceitualizado, basta prestar atenção. na alteração, invenção, ou mesmo na reprodução
de conceitos básicos, mas pouco aprofundados pela falta de tempo cotidiana, as relações afetivas até que
fazem algum sentido. no momento, a vida tem se baseado, principalmente, em duas
visões simples, mas de grande importância. a escolha a partir do encantamento,
que como insiste Manoel de Barros, é o que deve definir a importância, seja lá
do que for; e a relação com o tempo de Raduan Nassar (saber a hora de seguir ou repensar o trajeto, as ações, sem medo das transformações). entre uma coisa e outra, especulações
sobre amor & distância.
se o encontro é natural e a admiração e
todas as outras vontades são efeitos simples do estar acordado, o querer não
consagra mérito, não torna ninguém diferente, especial ou mais digno de
merecimento, visto que, dado aos estímulos, o desejo é praticamente inevitável. a diferença na busca, do lado de cá, está exatamente na valorização pelo encantamento causado.
em outras palavras, talvez o passo mais importante para o grande salto no vazio das realizações, que pode durar anos, meses ou horas, não importa, esteja na compreensão da função
do querer.
na finalidade da
intenção.